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Currículo Pedagógico no clima das Caatingas 

Estudos revelam que a história do currículo educacional no Brasil sempre foi pautada por perspectivas, várias teorias e conceitos. Ao afirmar que a etimologia da palavra currículo, vem do latim curriculum, que significa “pista de corrida”, Silva (2011) afirma traz a reflexão de que o currículo não é estático, está sempre em movimento, com mudanças, adequações e redefinições.

Para Lopes e Macedo (2011) apud Hamilton, estudos históricos apontam que a primeira menção do termo currículo foi no ano de 1633, quando ele aparece nos registros da Universidade de Glasgow. Apesar dessa menção ao termo não significar o surgimento de um campo de estudos sobre currículo, já havia uma associação entre currículo, princípios de prática educacional e de plano de aprendizagem.

Com o entendimento de que o currículo já era mencionado no XVI, mas somente no século XX ganhou força e características próprias no Brasil, Silva (2011) afirma que provavelmente o currículo surgiu nos Estados Unidos em 1920, em conexão com os movimentos imigratórios e o processo de industrialização que intensificavam a massificação da escolarização.

Souza (2013) vem afirmar que há mais de 100 definições para currículo, tais conceitos refletem diferentes visões sócios politicas da educação. Os vários sentidos para esse termo é reflexo de seu uso indiscriminado para se referir a planos de estudos, programas docentes, a sua instrumentalização didática, entre outros ferramentas didáticas (SOUZA, 2013).

O currículo que vemos já não pode ser concebido simplesmente como um instrumento de organização do conhecimento escolar, centrado na melhoria dos procedimentos, métodos e técnicas de ensino, ingenuamente puro e neutro, técnico, ateórico, ahistórico e apolítico, sem nenhum tipo de intenções sociais, cultura e poder (SOUZA, 2013).

O currículo na concepção de educação contextualizada será um instrumento que considera a realidade socioambiental, política, cultural e do Semiárido – espaço repleto de complexas relações, permeado por exclusões e lutas, que ressignifique a própria prática educativa, por que promove a participação do professor e da professora dos/os educando/as e da comunidade na sua construção e na sua realização.  

De acordo com as concepções desse autor, o currículo para o público os povos rurais é aquele que as temáticas escolhidas dialogam entre si e ao mesmo tempo se articulem com o cotidiano da comunidade.

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